quinta-feira, 31 de março de 2011

Lounge - Maria Gadú

Vamos pra um lounge
Beber um vinho safra ruim
E conversar sobre a TV
Vamos pra longe
Sem se tocar os olhos vão
Se encontrar e se perder
Eu e você assim de perto dá
Pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Me dê uma noite um pouco da manhã
Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor
Eu e você assim de perto dá
Pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Me dê uma noite um pouco da manhã
Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor
Vamos entrar
A minha casa não é quente
Trago o vermelho pra esquentar
Vamos suar
Com o veneno da serpente
Que eu roubei pra te picar
Eu e você assim de perto dá
Pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Me dê uma noite um pouco da manhã
Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor
Eu e você assim de perto dá
Pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Me dê uma noite um pouco da manhã
Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor

Vamos pra um lounge
Beber um vinho safra ruim
E conversar sobre a TV
Vamos pra longe
Sem se tocar os olhos vão
Se encontrar e se perder
Eu e você assim de perto dá
Pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Me dê uma noite um pouco da manhã
Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor
Eu e você assim de perto dá
Pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Me dê uma noite um pouco da manhã
Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor
Vamos entrar
A minha casa não é quente
Trago o vermelho pra esquentar
Vamos suar
Com o veneno da serpente
Que eu roubei pra te picar
Eu e você assim de perto dá
Pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Me dê uma noite um pouco da manhã
Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor
Eu e você assim de perto dá
Pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Me dê uma noite um pouco da manhã
Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor
Vamos pra um lounge...

Abra espaço para o novo

'Acredito que o ser humano é capaz de amar várias vezes. Se não fosse assim quem perdeu uma grande paixão estaria condenado à solidão. Não acredito em um único amor para-todo-o-sempre-amém. Tem gente que coloca isso na cabeça e se apega, se humilha, se sujeita a qualquer coisa. Ao invés de trancar em você aquele seu velho amor falido, abra novos espaços e inaugure um novinho em folha.'

[Fernanda Gaona]

Só com gente da mesma raça!

"Mais tarde eu saberia que certas experiências se partilham - até mesmo sem palavras – só com gente da mesma raça. O que não significa nem cor, nem formato de olho, nem tipo de cabelo, mas o indefinível parentesco da alma."




[Lya Luft]

quarta-feira, 30 de março de 2011

A gente precisa é saber criar espaços


“O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha, e algumas vezes descabelou completamente a minha alma. Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura(...) A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos”

[Ana Jácomo]

Não descarte as emoções sentidas


Pensa em tudo que já foi feito e acredite em seu roteiro. Se teve dias de sol e noites nubladas, não importa. A vida não pode ser rebobinada como uma fita e cada personagem e cena teve o seu lugar na história. Não descarte as emoções sentidas nem menospreze as atitudes escolhidas. Apenas assista novamente de fora, cada pedaço, cada momento. Não pause sua vida porque em algum capítulo o roteiro não te agradou, há ainda muitas cenas por vir. Se no seu presente existem lembranças do passado, saiba que foi o seu passado que construiu seu presente. Não se ausente!

[Fernanda Gaona]

Sim, ela existe



'Existe essa alegria, e eu não posso evitá-la,
pois são poucos os gestos permitidos,
se você reparar; não podemos desperdiçar um que seja.
Então, muitas vezes, eu preciso de um fone de ouvido para ouvir a minha alegria bem alto sem incomodar o vizinho. 
É algo inédito, mas agora existe isso na minha vida.
Então, eu me sento ali no cantinho e sou feliz,
escancaradamente sem motivo!'

[Rita Apoena]

sexta-feira, 25 de março de 2011

Se, ao acordar, posso escolher uma roupa, posso escolher também o sentimento que vai vestir meu dia. Se, no percurso, posso errar o caminho posso também escolher a paisagem que vai vestir meus olhos. A mesma articulação que tenho para reclamar, tenho para agradecer. E, se posso me adornar com a alegria, não é a tristeza que eu vou tecer. Que hoje e sempre, seja mais um belo dia!


[Marla de Queiroz]

Às vezes espinho me define tão melhor

Não sou sempre flor. Às vezes espinho me define tão melhor. Mas só espeto os dedos de quem acha que me tem nas mãos.


[Marla de Queiroz]

quinta-feira, 24 de março de 2011


"Que dê muito certo ou errado. Não importa.

Eu nasci para ser corajosa"

Sempre vivi tão intensamente. Porres, tombos, gargalhadas, amores (nem tanto)...
Mais de uns tempos pra cá tenho percebido algumas mudanças, os porres, tombos, gargalhadas, amores ainda acontecem, mais com uma certa "fraqueza" e, confesso que é difícil entender e aceitar essas mudanças. Devo voltar a fazer ou ser como antes? Ou devo deixar a maré me levar? Ainda não sei qual opção escolher, acredito que saberei no momento exato.
Mas tem um detalhe também, talvez essas mudanças aconteçam cada vez com mais frequência e, pode ser que eu vá ficando diferente a cada dia, melhor ou pior.

[C. Tomaz]

quarta-feira, 23 de março de 2011

Sagitariana

' As mulheres sagitarianas
São abnegadas e bacanas
Mas não lhe venham com grossuras
Nem injustiças ou censuras
Porque ela custa mas se esquenta
E pode ser muito violenta.
Aí, o homem que se cuide... 
- Também, quem gosta de censura! '

[Vinícius de Moraes]
...Saudade é amar um passado que ainda não passou,
É recusar um presente que nos machuca,
É não ver o futuro que nos convida...



[Pablo Neruda]

Trocando em miúdos

Linda música, na deliciosa voz de Maria Bethânia.


Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim!
O resto é seu
Trocando em miúdos, pode guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós
As marcas de amor nos nossos lençóis
As nossas melhores lembranças
Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar
Ou derreter
Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado
Aliás
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu
Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde.

quarta-feira, 2 de março de 2011


' Dali pra frente ela brincou. E com seu pó mágico ela faz encanto. Nas máscaras coloridas é que ela não cai. Sabe a hora de tirar o time de campo. Principalmente quando sua fada madrinha [aquela que mora ao lado] a pega pelo braço e dá uns sacodes antes dela entrar pra guerra. E a benze com um galhinho de arruda e muito sal grosso que é pra tirar mau-olhado - culpa do outro que tem fome de olhar. Mas aproveita cada segundo antes de hastear a bandeira num corpo que não é santo: É meu e ninguém tasca. No caminho do coração ela faz ziguezague. Depois, segue rindo, porque acha graça na própria arte que faz. E porque ela gosta assim mesmo, tudo de cabeça pra baixo. Não importa que seja proibido. Se ela quer, ela mesma faz. E arrisca. Prova do prato até enjoar [o que demora um pouco, pois a tendência dela é gostar do amargo, não do doce]. Da vida ela quer de tudo. Aos montes e dumavez. Nem dá bola pros comentários maldosos [que são tantos]. Ela sabe que por dentro tem as melhores intenções. E não quer sangrar ninguém, apesar de já ter sido ferida pelas mesmas pessoas que ela quer bem. Porque nela só cabe o que é branco e leve. Que nem borboleta em campo de algodão. Depois, quando as coisas pesam demais e o coração tá quase virando pedra, ela voa com asas de marfim lá pras bandas do arco-íris, que é pra ganhar energia da terra. Fica sumida uns tempos, até voltar colorida. Todainteira. Porque ela tem coragem pra levar a vida na raça. Mais uma vez. E outra e outra e sempre. '